Tinha 9 anos e, apesar da ingenuidade da idade, senti a tristeza e aflição do momento. A minha percepção na altura é que a cidade inteira estava em grande perigo.
Passados 25 anos, evoca-se novamente este momento que, a meu ver, serve sobretudo para revelar a força de uma reconstrução e não de uma destruição. Das cinzas nasceu um respeito enorme pelo património anteriormente existente e pela vivência do Chiado. Não é à toa que este local é hoje tão amado e frequentado por lisboetas e não só: houve um reconhecimento de que tudo pode ir num ápice, pelo que há que valorizar a cada instante o que é nosso. Por isso mesmo, hoje (e sempre) é obrigatório passar pelo Chiado para assistir às várias iniciativas, como por exemplo, a visita à obra Terraços do Carmo, da autoria do Arqt.º Siza Vieira, pelas 17 horas.
Foto: Sol
Sem comentários:
Enviar um comentário